quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sex and the City


Essa história de quatro mulheres e suas experiências sexuais na metrópole mais charmosa do mundo nunca tinha me pegado antes. Talvez porque não vi desde o começo e não passava nos canais que eu mais assistia na TV a cabo (Sony e Warner). Sempre ouvia falar, principalmente do sucesso da Sarah Jessica Parker. Mas como tudo que é muito comentado e bem recomendado eu faço questão de assistir, me rendi aos encantos dessa série.
Ela é composta de seis temporadas e manteve suas atrizes principais em todas elas. São elas: Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw), Cynthia Nixon (Miranda Hobbes), Kristin Davis (Charlotte York) e, a melhor de todas na minha opinião, Kim Cattrall (Samantha Jones). Elas são amigas, independentes e bem sucedidas e que sempre trocam experiências sexuais (e às vezes amorosas) que são o pano de fundo para a coluna sobre comportamento sexual das mulheres na faixa dos trinta que Carrie tem no New York Times. Três delas começam a série com 33 e uma na faixa dos quarenta (Samantha nunca revela sua idade).
Não gostei muito das primeiras temporadas porque não consegui me identificar com nenhuma das personagens, apesar de termos a mesma idade. A diferença cultural dos americanos em relação ao brasileiros no que diz respeito ao sexo, bate forte aqui. Elas tratam o sexo como um assunto muuuuuito banal. Elas tem tantos e tantos e tantos parceiros sexuais nas duas primeiras temporadas que é até difícil de acompanhar. É como se a vida fosse só ir pra balada, pegar um cara, ir pra cama e depois contar as coisas estranhas que aconteceram durante o sexo no outro dia quando elas se reuniam para o brunch.
Mas melhora um pouco na terceira temporada quando elas começam a discutir relações, dentro de relacionamentos estáveis. É aí que eu me identifiquei. As preocupações, as reflexões, os limites e a entrega dentro de relacionamentos baseados em amor, confiança e lealdade. É isso que importa no final do dia.
Gosto muito da Samantha Jones (Kim Cattrall), pois além de dar um show de interpretação, ela é a mais autêntica das quatro. Ela assume a posição de querer transar sem pensar no amanhã. As outras fazem o mesmo que ela, e fingem que se importam, são egoístas e não abrem mão das individualidades para se adaptar ao outro.
Não gosto da Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), pois acho que ela é contraditória e se acha a última azeitona da empada.
Gosto também dos homens da série (os mais constantes) como Mr. Big (Chris Noth), Aidan Shaw (John Corbett) e Steve (David Eingenberg) pois são devotados a mulheres neuróticas. Eles são tão pacientes!!! Gosto de ver!!!
Mas o que eu mais me apaixonei nessa séria é a city - New York, New York. Que charme, que cidade, com aquelas ruas arborizadas no meio de Manhattan. Os lugares, os restaurantes, os hábitos das pessoas. É engraçado que ninguém tem carro. Se você sai da balada de madrugada, pega um táxi ou vai andando pra casa (que é o certo se estiver alcoolizado). Tudo é perto, tudo é lindo, tudo é diferente, tudo é acessível. Você está voltado do almoço pro trabalho, passa pelas vitrines mais maravilhosas da Gucci, Chanel, Hermés, Marc Jacobs, Barneys, etc. E vê uma Birkin, ali na sua frente. É aquela mesma, a it bag das it bags.
Os outfits são escolhidos à dedo, os vestidos são lindos, principalmente os da Charlotte. Não gosto de umas combinações exageradas e nada a ver da Carrie. Por exemplo, teve um episódio que ela tava com um top, uma saia (linda!) e um cinto na cintura. Diga-se de passagem, não tinha roupa embaixo do cinto. Foi horrível!!!!
Se você não viu nada da série, não comece pelo filme (como eu fiz). Assista todas as temporadas primeiro pra aproveitar e não estragar nenhuma surpresa!